quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Passagem

"Causeway", de Lila Neugebauer (2022) Intenso drama de estréia da diretora Lila Neugebauer, que tem como temas a depressão e o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) que acomete milhares de soldados que retornam da guerra. Jennifer Lawrence é a protagonista, e é curioso como muitos críticos gostam de atacá-la, mesmo ela estando bem nos projetos. Ela virou aquele lugar comum de ataque a algum ator /atriz que virou sinônimo de estrelismo ou que , segundo dizem os críticos, interpreta pensando em premiações. É uma afirmação ridícula: Jennifer esteve excelente em "Inverno de alma", "Mother" e outros filmes, além de "Passagem", um filme que traz melancolia e tristeza não só para a personagem de Jennifer, mas de todos que a cercam, vivendo em falsos mundos de suposta felicidade, mas que no fundo, sobrevivem à tragédias pessoaisi que os fazem viver eternos lutos. Jennifer é Limsey, uma soldado que lutou no Afeganistão mas que devido a um acidente, sofreu sérias consequências na área do cérebro. Obrigada à retornar à sua terra natal, louisiana, ela de inícia é cuidada por uma enfermeira que lhe faz terapia intensica. Quando fica boa nas articulações, Lymsey vai até sua casa e resolve passar um tempo com sua mãe, Gloria, com quem ela não fala há tempos. As duas possuem uma péssima relação, e Gloria ainda tem um novo namorado. O irmão de Limsey está preso, e ela se encontra totalmente solitária. Ela decide trabalhar como limpadora de piscinas, e assim, ficar solitária em seu mundo. Até que um dia, ao levar a picape para conserto em uma oficina, ela conhece James (Brian Tyree Henry), um mecânico que se afeiçoa à Limsey e que também tem traumas no passado. O roteiro trabalha bem op drama dos personagens, e são muitos. Quando você acha que o filme vai levar a protagonista em um poço sem fundo, aparentemente algo vem a a reanima. Mas é impressão, apenas. O filme não permite que seus personagens sejam felizes. Com ótimas performances, o filme traz uma fotografia que emoldura a melancolia da história. O roteiro pende às vezes ao melodrama óbvio, mas nunca deixa de trazer sensibilidade às cenas.

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