Aqui comento os filmes que assisto...mas sem muito saco de teorizar demais..somente comentando o básico: se gostei ou não hehehe (Comento apenas filmes vistos a partir de Outubro de 2010)
sábado, 26 de novembro de 2022
Bardo, falsa crônica de algumas verdades
"Bardo, falsa crónica de unas cuantas verdades", de Alejandro G. Iñárritu (2022)
Darius Khondji, fotógrafo iraniano e largamente premiado, fotógrafo dos cults 'Delicatessen", "Seven" e "Amor", indicado ao Oscar por "Evita": assistir a "Bardo", filme escrito e dirigido pelo mexicano Alejandro Inarritu, é muito mais apreciar a espetacular fotografia e movimentação de câmera, do que acompanhar a cansativa trajetória existencialista do protagonista, o jornalista mexicano Silvero Gomes (Daniel Giménez Cacho), alter ego de Inarritu. Desde a primeira imagem, o espectador já fica encantado com a proeza da fotografia e da câmera, e essa sensação irá durar até o último dos quase 180 minutos do filme. O filme é um misto de "8 1/2"e "La dolce vita", de Fellini, de 'A grande beleza", de Sorrentino e de "Morangos silvestres", de Bergman. Memórias, realidade e fantasia se misturam na mente do jornalista, quando ele recebe o maior pr6emio da classe profissional nos Estados Unidos. Morando há 20 anos nos Eua, Silverio retorna ao México para uma pré comemoração, reencontrando familiares e desafetos.
O filme lida com muitos temas: colonização americana no Mézico, massacre dos povos indígenas, família em crise de comunicação, rivalidade cultural Estados unidos e México, e consequentemente, xenofobia, além de uma crítica feroz à classe dos críticos e mídia, de quem Inarritu é vítima constante. No filme, ele atira sua metralhadora para todos os lados, deixando claro que após "vender sua alma" ao Diabo/EUA, ele pretende retornar às suas origens. Repleto de simbolismos, o filme é um apanhado sem fim de planos e imagens deslumbrantes, quase sempre envolvendo centenas de figurantes, e às vezes, aplicação de efeitos de pós, como no encontro do jornalista com seu pai falecido, no banheiro. Misturando humor, drama e festividade, Inarritu apresenta seu filme mais pessoal, que dividiu a crítica, mas que certamente não deixará o espectador incólume em destacar o deslumbre da fotografia.
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