quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

O último metrô


"Le dernier metro", de François Truffaut (1980)
Há tanto tempo eu não revia esse clássico de Truffaut que chorei muito na sua belíssima cena final, com os aplausos do público à peça encenada pelos atores Marion (Catherine Deneuve) e Bernard (Gerard Depardieu), acompanhados do autor da peça, o judeu Lucas Steiner (Heinz Bennent). O filme é uma ode ao universo do Teatro, fechando a trinca das artes que Truffaut realizou: "A noite americana, com o cinema, e "Farhnreit 451", com a literatura. O filme foi baseado na vida do tio e avô de Truffaut, que faziam parte da resistência francesa durante a ocupação alemã, e na biografia do ator Jean Marais.
O filme é um verdadeiro encontro de titãs da cultura francesa: Os divos Catherine Deneuve e Gerard Depardieu, o compositor George Delerue, música de Edith Piaf na trilha e fotografia do mago Nestor Almendros. O filme foi todo rodado em uma fábrica de chocolates abandonada, cenografada para ser o Teatro em Montparnasse, pertencente ao judeu Lucas Steiner, casado com a atriz Marion. O ano é 1942, em Pais, com metade do país ocupada pelos alemães e a outra metade livre. Lucas se refugia no porão de seu teatr, procurado pela Gestapo. Marion, sem avisar a ninguém, leva comida para ele toda noite. Durante a 2a guerra, com a carestia de combustíveis, is franceses frequentavam os teatros de noite e pegavam o último metrô. Bernard surge para protagonizar a peça junto de Marion, e logo Marion descobre que ele faz parte da resistência. Marion se divide entre o amor de Bernard e Lucas.
Um clássico romance, que lembra "Casablanca" por ser uma história de amor durante a ocupação francesa. O filme tem um elenco maravilhoso, e a direção elegante de Truffaut, trazendo elementos de drama, romance, suspense e comédia sustentados por um texto apaixonante. O filme foi indicado ao Oscar de filme estrangeiro e ganhou quase todos os prêmios Cesar do ano.

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