domingo, 6 de janeiro de 2019

Mãe e Pai

"Mom and dad", de Brian Taylor (2017) Escrito e dirigido por Brian Taylor, "Mãe e Pai" parte de uma ousada e corajosa premissa: qualquer parente, em algum momento da formação educacional de seus filhos, por algum motivo, mesmo que metafórico, já desejou matá-los ou que eles simplesmente desaparecessem de suas vidas. "Mae e Pai" resolve a questão simplesmente colocando isso na prática: por conta de um surto, provocado pelas ondas de sintonia da televisão, todos os pais resolvem matar os seus filhos. Mas importante: eles somente matam os seus filhos, mais ninguém. E depois de matá-los, voltam aos seus afazeres, como se eles nunca tivessem existido. Elogiado por boa parte da crítica, o filme é um cult que homenageia os Filmes B dos anos 70, principalmente aqueles filmes onde as crianças matavam os adultos. Brian Taylor teve coragem e resolveu criar essa história politicamente incorreta, onde o infanticídio corre solto, e os pais matam das formas mais horrendas possíveis: facadas, atropelamento, machadadas, a golpes de chave, enforcamento, etc. Mas Brian Taylor foi espeto e sabia que se não tivesse os atores certos para estrelarem o filme, certamente ele não daria certo e jamais seria visto. E acertadamente, ele escalou Nicholas Cage, com suas caras e bocas, para interpretar o pai de Carly e Josh, dois adolescentes que como qualquer jovem de sua geração, prefere as redes sociais do que bater um papo com os pais. Loucuras à parte do filme, ele faz uma ótima e ácida crítica 1a falta de comunicação entre as gerações, e a influência das redes sociais que substituíram a educação dos pais. Os créditos inicias são deliciosos e homenageiam os filmes B dos anos 70, apresentando a foto do Ator, seu nome e o nome do personagem. Uma delícia. Diversão certa e fico imaginando pais e filhos sentados juntos e assistindo ao filme. A sequência da chegada dos pais do personagem de Nicholas Cage é antológica.

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