quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Tuesday - O último abraço

'Tuesday", de Daina Oniunas-Pusic (2023) "Ah, os filmes da A24 são estranhos.". Muita gente fala isso quando lê o selo da famosa produtora americana assinando um filme. Sim, "Tuesday" é um filme bem estranho da A24. Imaginem um papagaio que muda de tamanho e vem todo catito aparecer para as pessoas que estão morrendo, como um anjo da morte, abrindo as asas e aí, a pessoa morre de vez. Quem viu 'o sétimo selo", de Bergman, tem a figurosa sombria e misteriosa da Morte jogando xadrez. Aqui, o papagaio fala, toma banho, ameaça tomar café. Mas nada disso faz com que mude o destino de alguém. Não se engana a Morte. As pessoas tentam enganá-la, retaradar a Morte, esperneiam, gritam, batem nela, mas nada irá mudar. Tuesday (Lola Petticrew) é uma adolescente com doença terminal e prestes a morrer. Sua mãe, Zora (Julia Louis-Dreyfus), está atônita com a eminente morte da filha e não consegue lidar com a situação. O papagaio aparece para Tuesday, e antes de morrer, ela pede pra Morte para fazer uma última ligação para a sua mãe, ao que a Morte permite. Eu confesso que não sei dizer se gostei ou não do filme. Eu prefiro "Prova de amor", filme com Cameron Diaz. Sei que é bastante apelativo no melodrama, mas gosto mais. O que é inegável, é o excelente trabalho de CGI do papageio, impressionante para um filme de médio orçamento. As duas atrizes estão excelentes, e Julia Louis Dreyfys é bastante versátil quando trabalha drama e humor. É um filme que é repleto de simbologia. Tem uma atmosfera lúdica sobre o tema da Morte e do luto. Muitos religiosos que assistiram ao filme não gostaram da revelação do papagaio de que "Deus não existe" e consideraram o filme anti-religião. Dependendo do seu ponto de vista, esse filme pemrite diversas interpretações.

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