sábado, 24 de agosto de 2024

Longlegs- Vínculo mortal

"Longlegs", de Osgood Perkins (2024) Um filme extraordinário, "Longlegs" é um exercício espetacular de atmosfera, fotografia ( de Andres Arochi) e de câmera, utilizando grandes angulares. Mas o filme também brilha na trilha sonora, na montagem e na mixagem de som. E é importante frizar, que muito de "O iluminado" está presente na obra: tanto o uso das cartelas finais, com créditos que descem, além da divisão do filme em capítulos, os ruídos de cordas estridentes e o elemento sobrenatural. O roteirista e cineasta Osgood Perkins já havia realizado um cult que é quase que um embrião de "Longlegs", o pouco visto "A enviada do mal", que tem uma atmosfera bem semelhante. Osgood é filho de Anthony Perkins, celebrizado como Norman Bates em "Psicose", e isso explica muito da figura andrógina e bizarramente estranha de Nicolas Cage, escondido sobre próteses e maquiagem de base branca. O filme tem um prólogo fantástico ambientado em 1970, e corta para 1990, antes d ainternet e celulares; Maika Monroe ( de "it follows", que também é uma referência nos zooms e travellings lentos) é a agente do FBI Lee Harker, que junto do seu chefe Carter (Blair Underwood), estão tentando desvendar casos de massacre em famílias: o pai mata esposa e filha de 9 anos, nascida no dia 14 de algum mês. Não dá para falar muito do filme, pois qualquer informação pode ser considerada spoiler. As performances seguem aquela linha melancólica, fria e apática que já vimos em "O iluminado", apresentando um mundo sombrio e pouco humano. Um prato cheio para "Longlegs".

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