segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Better times

"Bedre tider", de Milad Schwartz Avaz (2023) Desde o primeiro minuto dessa linda e comovente dramédia dinamarquesa, eu já sabia que eu iria chorar muito. Escrito e dirigido por Milad Schwartz Avaz, o filme fala sobre luto e morte e de que forma a perda de uma pessoa amada afeta de forma diferente cada pessoa da família. "Better times" traz também uma narrativa bastante rara nos dias de hoje: protagonistas masculinos, uma história sobre a fragilidade da masculinidade. Homens que choram, que se abraçam, que se amam. Fiquei totalmente apaixonado pelo filme. Em Copenhague, uma família não se vê há mais de cinco anos, desde a morte da esposa e mãe. Os 3 irmãos adultos, Karl (Sebastian Jessen), Lukas (Andreas Jessen) e Oskar (Ari Alexander) vivem cada um a sua vida. Oskar é o que mais sofreu com a morte da mãe, desenvolvendo ansiedade e depressão. Para ajudá-lo, Karl, o mais velho, o hospeda em sua casa, onde mora com sua esposa e seus dois filhos adolescentes. Oskar observa que Karl tem andado apalpando o peito e fica preocupado, pedindo para o irmão fazer exame médico. Quando Karl recebe uma carta cobrando as dívidas da padaria que o pai cuida em sua cidade, os irmãos procuram Lukas, que não consegue lidar com a morte e ignorou a morte da mãe, se afastando. Os 3, cada um com uma personalidade distinta, vão de carro até a cidade onde mora o pai, Vagn(Lars Brygmann). A padaria ele construiu com a falecida, e ele não quer se desfazer dela, mesmo repleta de dívidas que ele não soube administrar. Os irmãos procuram uma forma de ajudar o pai. Com um impecável trabalho dos atores, transitando nas emoções, o filme traz sentimentalismo, mas sem apelar para drama;hão. Tudo é bastante realista, natural, as situações são muito comoventes. A cena da ida do pai e dos irmãos à clínica no final me fez chorar mil litros. E que fotografia maravilhosa, trazendo imagens fantásticas de Copenhague.

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