segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Dormitory

"Yurt", de Nehir Tuna (2023) Premiado no Festival de Veneza com melhor roteiro, o roteirista e cineasta turco Nehir Tuna estréia em longa-metragem como um promissor drama, mostrando a força de sua narrativa e direção de atores. O filme tem inspiração na própria infância do cineasta, que morou 5 anos em um "Yurt", dormitórios islâmicos que ensinam os jovens a religião e cultura islâmica. O ano é 1996, o auge dos conflitos entre a pol;itica secular(laica) e a religiosa, islâmica. A família de Ahmet é laica. O pai de Ahmet (Doga Karakas), 14 anos, decide se converter ao islamismo, como uma forma de redenção, e arrasta a esposa e o filho para a religião. AHmet estuda em uma escola secular de dia, e está apaixonado por uma das colegas de classe. Mas envergonhado de dizer que estuda em um Yurt, ele mente aos colegas e ao motorista do micro- ônibus que mkora nos arredores do Yurt. No dormitório, todos os rapazes são de classe baixa, e Ahmet é o único rico, tendo que esconder a sua situação financeira. Ahmet sofre bullying dos rapazes e do diretor do Yurt, que decide se vingar em Ahmet pela riqueza da família do garoto. Hakan (Can Bartu Aslan) é um dos residentes do Yurt que ajuda AHmet a suportar a opressão do lugar e ambos se tornam grandes amigos. O filme tem uma fotografia espetacular, de Florent Herry, que é em 2/3 do filme, em preto e branco, e do nada, se torna colorido, em uma sequência encantadora do passeio de Ahmet e Hakan pela cidade, embalado pelo clássico pop italiano de 1969, "Ma che freddo fa ", de Nada Malasina. Os jovens atores, em especial Doga Karakas, estão excelentes. Doga lembra bastante Xavier Dolan quando jovem, trazendo um olhar doce e uma rebeldia incrível ao personagem. Fiquei apaixonado e encantado com o filme, um coming of age com iniciação sexual e conflitos familiares.

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