quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

O eclipse

"O eclipse", de Michelangelo Antonioni (1962) Terceiro filme que fecha a trilogi da incomunicabilidade de Antonioni, todos os três protagonizados por Monica Vitti: "A aventura", "A noite" e "O clipse". O filme venceu o grande prêmo do juri do Festival de Cannes em 1962. Último filme rodado em preto e branco, Antonioni escala Alain Delon para ser o par romântico de Vitti. O filme ficou bastante famoso pelos seus últimos 7 minutos: planos aleatórios de Roma na sua solidão, mostrando de forma documental uma rotina sem os protagonistas. Na versão americana, o distribuidor chegou a cortar ess etrecho, considerado sme função narrativa. Scorsese considera essa terceira parte a mais ousada, com uma narrativa experimental. Vittoria (Monica Vitti) acaba de pôr fim a uma história de amor com um homem mais velho (Francisco Rabal). Depois de conhecer Piero (Alain Delon), um investidor na bolsa de valores, os dois começam a se ver e a passear pelos subúrbios vazios e modernos de Roma. Porém, o caso é permeado de angústias existenciais.[7] Vittoria (Monica Vitti) termina a sua relação de anos com Riccardo (Francisco Rabal). Ela vai até a bolsa de avlores encontrar a sua mãe (Lilla Brignone), viciada em apostas. Lá, ela conhece Piero (Alain Delon), jovem de espírito dinÂmico, totalmente oposto à energia de Vittoria. Eles experimentam um flerte e um romance, mas a natureza dos dois faz com que eles entendam que não têm como se conectar. O filme é um clássico, mas como tal, deve ser visto com o olhar da época. isos porquê lançado hoje, o filme seria cancelaod por uma cena polêmica: na casa de suas amigas, Vittoria se maquia de black face e imita uma dançarina queniana, isso para brincar com uma das amigas, que tem terras com o marido na região africana. A cena em si, vista aos olhos de hoje, não teria sido perdoada. O filme faz uma enorme reflexão sobre a apatia e a infelicidade dos ricos, sujeitos à uma alienação cultural e social. Os filmes dessa fase de Antonioni certamente teriam sido apelidados de "White peoplés problem", pois retrata em seus protagonistas brancos, favorecidos e ricos, sofrendo do mal do século: depressão e crises existenciais.

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