terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Citrotoxic

"Citrotoxic", de Júlia Zakia (2023) Exibido no Festival Aruanda, "Citrotoxic" é um filme escrito e dirigido por Júlia Zakia, e traz como tema uma séria questão ambiental. Existe um movimento do cinema de gênero suspense e terror no mundo chamado 'Eco-terror", que explora a vingança da natureza contra aueles que a maltratam. "Citrotoxic" não chega a flertar com o horror, mas no terceiro ato, aposta em ambiguidades e no imprevisível na figura de um dos personagens, um homem que pode se tornar uma ameaça. Em São Paulo, moram a comissária de bordo Bianca (Bianca Joy) e sua filha de 7 anos, Serena (Luiza Zakia O. Leblanc). Bianca é apresentada como uma mãe solo, que após um vôo, pega um ônibus para correr ao colégio e buscar sua filha e levá-la para casa. Em casa, Serena tem uma crise asmática que desespera Bianca. No hospital, a médica aconselha Bianca a dar um tempo no trabalho e se dedicar aos cuidados com Serena e lhe dá um conselho: passar uns dias no campo para que a filha respire ar puro. Uma amiga lhe empresta a casa de campo. Para sua supresa, a casa fica do lado d eum laranjal, e ali, um trabalhador rural aplica pesticida na plantação e o produto acaba invadindo a casa onde Bianca está hospedada. O filme é muito claro na sua mensagem ecológica: a poluição do ar nas grandes metrópoles e paradoxalmente, o ar puro contaminado por pesticidas nos campos. Mas existe um outro tema correndo paralleo: o machismo e a presença literalmente tóxica de um homem em um ambiente de mulheres. Com uma narrativa que flerta claramente com o documental, o filme traz uma química perfeita entre as duas atrizes, um fator muito importante para que o espectador embarque na história, por conta da quase que total interação das duas no filme. O ator que interpreta o trabalhador também tem bons momentos.

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