segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Norma

"Norma", de Santiago Giralt (2023) Co-produção Argentina e Uruguai, "Norma" é um drama com tintas de comédia protagonizado pela estrela argetina Mercedes Morán. ela é Norma. Assim como "Shirley Valentine", "Gloria" e outros filmes que retratam a frustração da vida aos 50 anos, Norma é casada e tem uma filha médica. Mas ao apontar a câmera para si mesma, ela percebe que seu casamento é fracassado e que sua relação com sua filha, sua irmã e sua mãe está em frangalhos. Para piorar, a sua empregada que trabalha com ela há anos, Rosita, decide abandoná-la por um trabalho que paga mais. Ao decidir ela mesma cuidar da casa, Norma só tem a atenção para Roberto, seu jardineiro sexy. Um dia, ao lavar as roupas de sua filha, ela encontra uma latinha contendo maconha. Noprma decide experimentar, e a partir desse momento, sua vida dá uma reviravolta que até então, ela não tinha coragem de enfrentar. "Norma" tem um começo bastante promissor, fazendo uma crítica ao conservadorismo e a hipocrisia da classe média argentina e suas donas de casa fúteis. Mas ao inserir na trama o "Poder" do uso da maconha como um elemento libertador e revolucionário, o filme ignora os caminhos da mulher que busca a independência e que é antenada com os movimentos feministas e de empoderamento que rondam o mundo. Se fosse ambientado entre os anos 70 ou mesmo 90, antes da internet e ainda sobre o signo do movimento hippie e da liberação das drogas, o filme teria mais efeito. Mas o mais crítico para mim, foi, já em seu terceiro ato, penalizar uma personagem que até então, o espectador acreditava ser consicnte e digna de sua busca por melhores condições sa;ariais e de humanização de trabalho. Encaixar essa personagem como a amante é um enorme retrocesso. Vale pelo lindo trabalho de MArcedes Morán, ótima, mas que mereceria uma personagem mais condizente com a contemporaneidade.

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