quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Nunca fomos modernos

"Usvit", de Matej Chlupacek (2023) Ótimo drama LHBTQIAP+ tcheco, "Nunca fomos modernos" traz a urgentíssima pauta sobre gêneros para o ano de 1937, pré 2a guerra mundial, em uma trama ousada e bastante controversa para um filme de época. Com a aparente aura de drama clássico, "Nunca fomos modernos" apresenta um tema que remete à intersexualidade, outrora chamada de hermafroditismo. Prêmio de melhor ator para o ator Richard Longton, para o complexo papel do personagem intersxual Sasa, premiado em Thelassonik. Ambientado em 1937, na antiga Tchecoslovakia, uma metrópole que deseja crescer e se tornar moderna, o filme apresenta Helena (Eliska Krenková), a esposa dedicada do diretor de uma fábrica de tecidos sintéticos e que está com forte crescimento em demanda de produção. Helena trabalha como enfermeira na fábrica e está grávida. Helena e seu marido Alois estão em uma fase de extrema felicidade. Um dia, no entanto, funcionários da empresa encontram enterrado um corpo de um bebê, que apresenta os 2 sexos. Alarmados, os funcionários e Alois escondem o fato de todos, temendo que a repercussão atrapalhe a imagem da empresa. Ao cuidar d eum dios funcionários na enfermaria, Sasa, Helena percebe que ele é intersexual e que foi quem gerou o feto enterrado. Alois proíbe que Helena se envolva na história, e logo ela percebe que vive em uma bolha, cercada por homens poderosos, conservadores, homofóbicos e machistas. O filme vale muito ser visto, tanto pelo ótimo roteiro, quanto pela produção, com requintada fotografia e ficha técnica. O elenco, principalmente Eliska Krenková no papel de Helena e Richard Langton, como Sasa, estão comoventes em seus complexos personagens.

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