Passagens

"Passages", de Ira Sachs (2023) Exibido na Mostra Panorama do Festival de Berlim em 2023, "Passagens" é dirigido e co-escrito por Ira Sachs e seu roteirista habitual, o carioca radicado em Nova York Mauricio Zacharias. Ira Sachs é um premiado cineasta independente americano que realiza filmes com temáticas Lgbt, como os aclamados "The delta", 'Love is strange" e "keep the lights on". Com "Passagens", Ira Sachs extrai do seu elenco principal performances extraordinárias e cenas de sexo bastante ousadas e calientes, com entrega total dos atores Franz Rogowski (Tomas), Ben Whishaw (Martin) e Adèle Exarchopoulos (Agathe). O filme é o resultado de uma produção com co-produções européias: Franz é alemão, Ben, inglês, e Adele, francesa. Ira é americano do tenesse, e em seus últimos filmes tem experimentado filmar na Europa: em 'Frankie", filmou em Portugal, e agora, em Paris. Mas com tantas salvas de palmas, confesso que fiquei bastante irritado com o filme e ao sair, fiquei com uma tromba enorme! E não, o filme não é ruim, em hipótese alguma, as performances já valem o ingresso. Mas o portagonista é totalmente repugnante, e o tema do relacionamento tóxico vai a níveis que chegam ao rísível. Manipulador, chantagista, agressivo, assediador, mentiroso, arrogante, ciumento, possessivo. Tomas é um aclamado cineasta que se mudou com seu marido Martin, que é artista plástico, para Paris. Durante uma filmagem, Tomas maltrata na frente de todos o ator e uma figurante. Na festa de encerramento do filme, ele conhece a amiga de uma das produtoras, Agathe, que é professora primária. Eles se curtem e transam, No dia se guinte, Tomas anuncia a Martin que transou com uma mulher e está apaixonado por ela. Ele vai morar com Agathe, mas não permite que Martin tenha um novo relacionamento com o escritor Awad (Erwan Kepoa Falé). Não é fácil assistir ao filme e não se contorcer com as atitudes de Tomas. Eu fiquei profundamentee irritado.