"Joy ride", de Adele Lim (2023)
O que mais impressiona nessa comédia de grande sucesso de crítica e público, é que toda a parte da China e Seul na Coréia do Sul foram filmadas em Vancouver, no Canadá. E isso partindo do princípio de que mais de 2/3 do filme acontece na China!!!! Esse trabalho espetacular de credibilidade se deve muito ao diretor de arte Michael Norman Wong e ao fotógrafo Paul Yee. É soberba a atmosfera e ambientação dos países asiáticos e é impossível não acreditar que tudo foi filmado lá. Só fui pesquisar pois um país como a China jamais aceitaria que filmassem lá cenas que envolvam sexualidade e tráfico de drogas, temas recorrentes no filme.
O filme foi exibido em competição no prestigiado SXSW. A protagonista é Audrey (Ashley Park), advogada em uma grande empresa de advocacia liderada por homens machistas e racistas. Sua melhor amiga é Logo (Sherry Cola, brilhante), uma artista plástica frustrada que trabalha com os pais em um restaurante chinês. Audrey foi adotada desde pequena por pais brancos, e isos fez com que ela entrasse em conflito cultural. Quando seu chefe lhe manda para Beijing para um trabalho, Lolo decide ir também e fala para Audrey procurar por sua mãe biológica. Na viagem, se junta Deadeye (Sabrina Wu), prima de Lolo e fã de K-pop/ Chegando em Beijing, Audrey visita Kat (Stephanie Hsu, a filha de Michelle Yoeh em "Tudo ao mesmo tempo em todo lugar"), agora uma atriz de sucesso. juntas, as 4 se metem em muitas confusões.
O trabalho das 4 atrizes é formidável, são ótimas na comédia e muito carismáticas. O filme possui muitas cenas envolvendo sexualidade e piadas politicamente incorretas, bem típicas dos anos 90. Não é filme família, pois muitas cenas são adultas. Mas sobressai o empoderamento fmeinino e um discurso totalmente conectado com a pauta feminina de hoje em dia: mulheres no comando e donas de seu corpo e do desejo.
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