sexta-feira, 11 de agosto de 2023

A era de ouro

"Spinning gold", de Timothy Scott Bogart (2023) Cinebiografia do fundador da Casablanca records, Neil Bogart (Jeremy Jordan), que dos anos 70 a 80 foi a maior gravadora independente da história, vendendo mais de 200 milhões de discos de 140 artistas contratados, entre eles, Kiss, Donna Summer, Parliament, Gladys Knight, Village People. Neil Bogart era de família pobre judia e tentou se lançar como cantor, mas seu caráter visionário fez com que criasse a Casablanca records, uma divisão da Warner Bros. O filme mostra sua ascenção, relação com sua esposa Beth e sua amante Joyce, agente do Kiss. E claro, drogas, cocaína, relação com equipe, artistas, etc. Tudo o que se espera desse mundo do show business. Mas o que diferencia esse filme dos outros, é o olhar chapa branca ao não apresentar o fundo do poço e decadência. Isso se explica por conta de sua ficha técnica: o diretor e roteirista é um de seus filhos, Timothy Scott Bogart. Os outros filhos estão espalhados em outras funções técnicas. a minha opinião, contar a história de alguém tão próximo não invalida a proposta, afinal, é um projeto bastante pessoal e uma homenagem, contanto que não mude a história da personagem e a desvirtue em função dos fatos reais, para passar informação errada ao espectador. A forma como o cineasta encontrou para narrar a sua história, é utilizando o próprio protagonista para essa função: quebrando a 4a parede, ele narra para o espectador, inclusive em offs expositivos, tudo o que aocnteceu em sua vida, desde a sua infância, até a sua morte prematura por câncer aos 39 anos. O que impressiona no filme é a sua produção caprichada, tanto na direção de arte quando no figurino. O diretor parece querer referências a "Boogie nights" e traz um plano sequência tão impressionante quanto a do filme de Paul Thomas Anderson, na cena da apresentação de Neil Bogart em uma boite onde está rolando uma festa. Mas o melhor momento para mim é no terceiro ato, quando é apresentada a história de Donna Summer: a história incrível sobre os 17 minutos de "Love to love you baby", e a emocionante cena final, com o musical "Last dance".

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