Disco boy- Choque entre mundos

"Disco boy", de Giacomo Abbruzzese (2022) Co-produção Italia, França, Bélgica e Polônia, "Disco boy- choque entre mundos" é escrito e dirigido pelo cineasta italiano Giacomo Abbruzzese, em seu filme de estréia. O filme recebeu o pr6emio de contribuição artística no Festival de Berlim 2022, e tem a fotografia assinada por Helene Louvart, que também fotografou 'A vida invisível", de Karin Ainouz. A música do filme, a eletrônica 'Disco boy", de Vitalic, é hipnotizante, e essa é a palavra que simboliza o filme. É impossível não se lembrar do clássico de Claire Denis, 'Beau travail", por trazer 2 temas idênticos: a legião estrangeira, e a cena final, com o protagonista dançando em transe em uma boite ao sabor da música eletrônica. 2 histórias acontecem em paralelo e irão se cruzar mais adiante: Aleksei (Franz Rogowski, astro alemão) é um cidadão bielorusso que entra clandestinamente na França. Seu ccolega morreu na travessia. Sozinho, Aleksei acaba sendo preso e para não ser deportado, ele opta por se alistar na Legião estrangeira e ter a possibilidade de, após 5 anos de serviço, obter a cidadania francesa. Na Nigéria, antiga colonização francesa, um revolucionário (Mutamba Kalonji) lidera a militância que luta contra invasores que querem a posse do petróleo. Sua irmã (Laetitia Ky) sonha em dançar em Paris. Quando Aleksei é enviado ao país, os destinos dos dois se cruzam, e a vida de Aleksei será transformada, com sentimentos contra a colinização. O filme foi duramente criticado, acusado de objetificar e tornar exótico o olhar sobre os negros. É difícil pensar no filme sme esse olhar de fora e de um cineasta italiano colonizado, mesmo que todas a sintenções humanistas do filme sejam válidas. Artisticamente, é um lindo filme, e o trabalho dos protagonistas é intenso. As cenas de treinamento na Legião estrangeira equivalem a qualquer filme de treinamento de guerra, como 'Nascido para matar".