domingo, 18 de julho de 2021

Moby Doc


"Moby Doc", de Rob Gordon Bralver (2021)
Não é todo mundo que tem direito a um documentário biográfico sendo narrado e apresentado pelo cineasta David Lynch, de quem Moby é amigo há mais de 30 anos. "Moby Doc" é um excelente documentário musical, com um estilo muito próximo ao universo pop experimental e metalinguístico de Michel Gondry, misturando animação e representação de personagens reais feitos por amigos de Moby.
Moby nasceu como Richard Melville Hall em 1965, em Nova York, Harlem. Nasceu pobre, e pai alcóolatra, que acabou morrendo de acidente de carro. Sua mãe se mudou para Connecticut e passou a namorar vários homens. Aos 14 anos, Richard pegou a guitarra de um dos namorados de sua mãe e montou uma banda de Punk rock. Já adulto, decidiu se mudar para Nova York, com pouco dinheiro. Foi tocar como Dj em uma casa noturna. Em 1990, ele lançou um single chamado 'Go", mas vendeu quase nada. Ao remixar usando as cordas do tema do seriado "Twin Peaks", sua vida mudou: vendeu 1 milhão de cópias. Seus discos seguintes foram um enorme fracasso, e Moby estava quase querendo voltar para Connecticut. Mas em 99, novamente sua vida mudou: sua última chance seria com o disco "Play". Senão desse certo, ele largaria tudo. Para sua surpresa, o disco foi um mega hit e vendeu 10 milhões de cópias no mundo todo. Moby passou a fazer turnês pelo mundo, ficou amigo de David Bowie e de outros artistas. Namorou Natalie Portman. Mas o sucesso teve seu preço: abusou de drogas e se deprimiu. Moby repensou toda a sua vida e segue ela produzindo discos para si e outros músicos, e também é um ativista dos direitos dos animais. Moby é vegano.
O seu nome Moby era um apelido que seus pais o chamavam desde crian.ca. Herman Melville, autor de "Moby Dick", era seu to tetaravô. No filme, Moby faz uma espécie de auto análise, usando de deboche, exorciza seus fantasmas, traumas de infância e o seu lugar no mundo das artes.

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