sexta-feira, 30 de julho de 2021

Hitchcock – O Homem Por Trás do Ídolo


"Dans l'ombre d'Hitchcock- Alma et Hitch"", de Laurent Herbiet (2019)
Documentário obrigatório para fãs de Hitchcock. Esse diferencia de tantos outros documentários sobre um dos grandes gênios do cinema por focar parte da narrativa na relação de mais de 50 anos de Hicth com sua esposa Alma Reville. Ele a conhecer em Londres, em 1922. Hitch ainda não dirigia. Era assistente de direção, editor, cenógrafo e diretor de produção. Alma era editora, assistente de direção e atriz. Depois de um tempo trabalhando juntos, Hitch propôs casamento. Em 1928, já como diretor, Hicth dirige o primeiro filme sonoro da Inglaterra: "Chantagem". Nesse mesmo ano, nasceria sua filha Patricia. Muito apegado à sua família, Hitch aceita o convite de Hollywood e se muda para lá em 1939. Seu primeiro filme é "Rebecca", produzido por David Selznick, que exercia sobre Hicth uma pressão muito grande. Hicth disse em entrevista para Truffaut que suas grandes referências de cinema eram os filmes do Expressionismo alemão, principalmente Murnau, e os filmes soviéticos de Pudovkin e Eiseistein. Essas referências de montagem é que fizeram com que Alma sugerisse a ordem dos planos na famosa cena do chuveiro de "Psicose". De Murnau, Hicth ouviu"Não interessa o que você vê no set, e sim, o que você vê na tela do cinema". Essa foi a grade deixa para Hicth se apegar à ilusão em seus filmes.
Outra curiosidade foi quando estourou a 2a guerra: sem poder se alistar no exército por conta de sua idade e peso, Hicth decidiu ir para Londres e filmar vários curtas a favor da resistência, escalando atores franceses. O filme também explora a obsessão de Hitch por protagonista loiras, e o seu famoso trabalho de direção de atores, sádico segundo algumas atrizes como Tippi Hidren.
Em 1979, em uma noite de homenagem à Hitch oferecido pelo American Film Institute, Hicth subiu ao palco e citou quatro pessoas que lhe ofereceram carinho e compreensão: a roteirista, a editora, a mãe e a melhor cozinheira, Alma Reville, todas na mesma pessoa. "Eu vi que o homem não pode viver de assassinato sozinho. Ele precisa de afeto, aprovação, incentivo e, às vezes, uma boa refeição."

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