domingo, 19 de fevereiro de 2023

Tori e Lokita

"Tori et lokita", de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne (2022) Vencedor do Grande prêmio do 75o aniversário do Fetsival de Cannes 2022, "Tori e Lokita" é escrito e dirigido pelos irmãos belgas Jean Pierre e Luc Dardenne. Ambos são queridinhos dos festivais, principalmente Cannes, de onde sempre saem com algum prêmio. O cinema humanista com olhar documental dos diretores mantem-se nessa trama trágica e extremamente angustiante de dois jovens imigrantes africanos na Bélgica: Tori (Pablo Schils) e Lokita (Joely Mbundu). Tori tem 10 anos, e Lokita já uma jovem mulher. Para sobreviverem mediante tanto drama, ambos se fazem passar por irmãos foragidos, e assim tentar ganhar os documentos que garantam a cidadania. No entanto, Lokita é reprovada e para se manter, os irmãos vendem drogas para um traficante que é cozinheiro de uma cantina italiana, Betim (Alban Ukaj. O filme, da mesma forma que foi aplaudido por boa parte dos críticos e recebeu ovação de 9 minutos em CAnnes, também foi criticado pelo olhar que consideram estereotipado sobre negros africanos na Europa, sempre mostrados envolvidos em crimes para se manter. Aqui, Lokita também á ebusada sexualmente e apanha de Betim e outro traficante, além de ficar trancada em um laboratório para cuidar do plantio de maconha. É sofrido, angustiante, e não é fácil acompanhar a trajetória dos irmãos, que cada vez mais, vão entrando num poço sem fundo. Dessa vez, os irmãos Dardenne resolveram respirar um pouco da cinematografia de Lars Von Triers e não poupa sofrimento em um filme totalmente sem concessões ao atimismo. Atuações brilhantes dos novatos Joely Mbundu e Pablo Schils como os protagonistas.

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