domingo, 12 de fevereiro de 2023

Andança

'Andança", de Pedro Bronz (2022) Falecida aos 72 anoas de infecção generalizada, no dia 30 de abril de 2019, Elisabeth Santos Leal de CArvalho, a Beth Carvalho, escreveu a sua história na cultura brasileira, sendo amadrinhada uma das Rainhas do samba. O filme dirigido por Pedro Bronz traz um documentário que foge das cabeças falantes, e traz em off como se a própria Beth o narrasse para o público, através de muitas imagens e áudios que a própria gravava. A casa de Beth é um arquivo impressionante, com muitas prateleiras contendo toda a sua dicografia, fitas, cartas de fãs, fotos, etc, um paraíso para documentaristas. é lindo ouvir Beth dizendo que Elisaeth Cardoso e Dona Clementina de Jesus foram as suas grandes inspirações. Nascida cantora no berço da bossa nova, amiga dos cantores e cantoras e participantes dos encontros em apartamentos da Zona Sul carioca, Beth decidiu sair e encontrar o samba do morro. Ela acabou achando a bossa nova elitista demais, e o samba do morro, de Cartelo,a Nelson Cavaquinho e tantos outros compositores a faziam mais alegre e solta. Beth cantou com quase todos os ambistas: Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho, Fundo do quintal, Almir Guineto, jorge Aragão, etc. Beth em seus últimos anos sofreu da coluna e andava em hospitais, frequentemente tendo que estar na cama o tempo todo. Em 1o de setembro de 2018, ao lado do Fundo de Quintal, Beth Carvalho realizou um show que emocionou o mundo inteiro: deitada na cama, mas sem deixar de cantar. O filme é presente para fãs, e os que não conhecem bem sua história, é bem revelador. Beth foi uma mulher guerreira, batalhadora e que entendeu que precisava encontrar o seu público, no meio do povo, e ao lado da Mangueira, escola de samba que ela sempre abraçou e amou.

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