Plano 75

"Plan 75", de Chie Hayakawa (2022) Co-produção Japão, Filipinas, França e Qatar, "Plano 75" é um filme distópico que acontece no Japão com super população de idosos. OS jovens sofrem etarismo e assassinam os mais velhos, até que o Governo decide implementar o Plano 75, que consiste em cidadãos idosos a serem voluntários de eutanásia como solução para lidar com o envelhecimento da sociedade. O voluntário recebe uma soma em dinheiro que será entregue a parentes, e a promessa do governo e do plano 75 é de que os últimos dias do idoso, hospedado em um resort, será de desfrute de muitas coisas boas ao lado de outros idossos, para fazerem uma passagem feliz. Ma sno fundo, o que vemos é algo semelhante a um campo de extermínio nazista. O filme acompanha 3 histórias paralelas: uma idosa que perde seu emprego e não consegue mais se reposicionar no mercado de trabalho, tendo inclusive que sair do prédio onde mora; um vendedor pragmático do Plano 75 que descobre que seu tio se tornou voluntário do plano e a partir daí tenta demovê-lo da ideía de morrer; e uma jovem filipena, mãe de uma menina, cheia de dívidas, que trabalha no resort e descobre no meio de pertences de um idoso falecido uma carteira repleta de dinheiro. A roteirista e cineasta Chie Hayakawa realiza um filme totalmente pessimista, extremamente triste e apesar de distópico, traz um tema que deve ser bastante debatido: o aumento da população idosa no mundo. Para pessoas sensíveis, não recomendo assistir ao filme, que irá mexer muito com o emocional, por lidar com temas como velhice, morte, suicídio assistido. O filme ganhou menção especial na Mostra Camera Dór do Festival de Cannes.