domingo, 26 de fevereiro de 2023

Mi Iubita, meu amor

"Mi iubita, mon amour", de Noémie Merlant (2021) Exibido no Festival de Cannes 2021, "Mi iubita, mon amour" é a estréia da atriz Noémie Merlant, do intenso "Retrato de uma mulher em chamas", na direção de longas. O filme foi produzido com um orçamento mínimo, e consta que na equipe técnica haviam apenas a fotógrafa e câmera Evgenia Alexandrova e um técnico de som. O roteiro foi desenvolvido por Noemie e seu astro Gimi Covaci, um jovem cigano que ela conheceu quando dirigiu seu curta 'Shakira", em 2019. O elenco todo improvisou em cima da base do roteiro. A família de Gimi: pai, mãe, irmãos, todos interpretam a família real do personagem no filme. O longa foi rodado em apenas 14 dias, na Romênia, entre a capital e o mar negro. JEanne (Noémie Merlant) vai se casar em um mês e decide ir de carro com suas amigas Katia, Lola e helena para uma despedida de solteira. Na estrada, o carro delas é roubado, e elas são ajudadas por uma família de ciganos romenos, cujo filho, Nino (Covaci) se interessa logo por Jeanne, e ela, idem. Jeanne fica em conflito, mas assume esse amor de verão, e se entrega, mesmo sabendo que o garoto é menor de idade, 17 anos, e que a família está sendo ameaçada pro uma gangue por conta de dívidas. Mesclando romance, humor sutil e drama,"Mi Iubita ( que em romeni significa "Meu amor)" é um bom filme, repleto de frescor de um romance de verão. Não fosse o seu sub-plot dramático, sobre a dívida da família, o filme seria certamente uma boa pedida para quem busca filmes românticos descompromissados. É interessante ver locações pouco usuais em filmes romenos, e entender mais da cultura local. As cenas no Mar Negro são especialmente bonitas e dinâmicas. A cena final é id6entica à cena inicial de "Free zone", com Natalie Portman chorando em plano sequência e mais de 5 minutos com uma música folclórica como pano de fundo.

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