quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

964 Pinocchio

"964 Pinocchio), de Shozin Fukui (1991) Olha, já vi muitos filmes bizarros e grotescos, mas esse "964 Pinocchio" corre o risco de ser campeão. Há muito tempo não via nada tão trash, surreal, e imaginando o que os produtores tinham em mente ao realizar um filme assim? Mas aí pesquiso e vejo que o filme é um cult do sub-gênero de ficção científica chamado 'Cyber punk", e aí tudo fica mais claro. Os filmes syber punks surgiram nos anos 80 e trazem uma sociedade distópica, um caos social, apresentando elementos de high tech seja na trilha sionora ou na parte técnica do filme. São filmes literalmente caóticos, para provocar mau estar, incômodo, sem a preocupação de serem filmes bons ou ruins. Entre os clássicos estão 'Repo man", "Blade runner", "Matrix", "Akira, "Ghost in the shell". "964 Pinocchio" vem na safra dos filmes trash, bizarros, que dificilmente se indica para alguém assistir. Um cientista cria 964 Pinocchio, um cyborg com a finalidade de servir à clientes sexualmente. Mas ele está defeituoso, então o cientista o joga na rua. Uma sem teto, Himiko, o encontra e o traz para si, no seue sconderijo subterrâneo. No entanto, o cientista decide destuir 964 e aciona um equopamento que o faz se autodestuir, onde quer que esteja. O cyborg passa a derreter e a gritar histericamente, e estranhamente, Himiko também passa por uma transformação: ela se torna uma mulher má e faz de Pinocchio um escravo sexual. Ele consegue fugir e segue em direção ao laboratório, para pedir ao seu criador para acabar com a dôr. O filme tem cenas muito toscas de sexo, de efeitos mega trash de cabeças explodindo, vísceras, muito sangue jorrando e toda a meia hora final é de Pinocchio derretendo, gritando e correndo pelas ruas de uma Tokyo superlotada, até chegar no laboratório. O film poderia ser um cult trash, mas a sua longa duração torna a experi6encia bastante cansativa. Nem sei o que dizer do ato final, quando Pinocchio encontra o criador e o desfecho de Himiko. De qualquer forma, o filme certamente ostentará para toda a eternidade como a versão mais provocativa da obra de Gepetto.

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