domingo, 26 de novembro de 2023

The ordinaries

"The ordinaries", de Sophie Linnenbaum (2023) Em 1998, foi lançado um filme fantasioso que logo se tornou cult: "Pleasentiville, uma vida em preto e branco", com Tobey Maguire, Resse Winterspoon, Joan Allen e Jeff Daniels que mostrava um lugar onde as pessoas, ao perderem a emoção e o amor, ficavam em preto e branco. A roteirista e cineasta alemã Sophie Linnenbaum estréia na direção de longas com um filme bastante sofisticado e ao mesmo tempo, complexo. A narrativa lembra a filmografia de Yargos Lanthimos, Charlie KAuffman e Spike Jonze, além de "Pleasentville" e "O show de Truman". Em um mundo distópico, a sociedade é dividida em 3 classes: os protagonistas, o elenco secundário e os personagens cortados, que ficam em preto e branco. Todos os dias, os protagonistas e elenco coadjuvante saem para filmar a cena do dia, que pode ser de qualquer gênero. Existe uma faculdade onde os coadjuvantes fazem provas de aptidão para se tornarem protagonistas, mas para isos, durante um monólogo, a música que toca internamente no corpo da pessoa precisa tocar uma música que emocione a platéia. Paula (Belo Sendel, ótima) é uma jovem que mora com sua mãe. Elas são coadjuvantes, e Paula faz testes para protagonista, mas a música de seu corpo nunca emociona. Paula decide ir atrás da história de seu pai, que segundo sua mãe disse, era um protagonista que se apaixonou por ela e morreu durante o grande massacre, evento onde houve uma manifestação do elenco de personagens cortados que fizeram motim. Vencedor de diversos prêmios internacionais, o filme poderia render também um episódio de "Black mirror". Criativo, comótima direção de arte e figurinos e maquiagem, o filme é complexo em tantas min;ucias, e valia rever pelo menos uma vez para captar tantas informações preciosas. O elenco todo é deliciosos, e a história tem um tom de metyáforas óbvias sobre classes sociais, racismo e machismo. Vale super a pena assistir.

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