sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Mulheres brilhantes

"Brillantes", de Sylvie Gautier (2023) Longa de estréia da documentarista francesa Sylvie Gautier, "Mulheres brilhantes" é um drama social, bem ao gosto do cinema dos irmãos Dardenne, onde as protagonistas são figuras anônimas da sociedade: faxineiras que passam a noite limpando escrotórios. Karine (Céline Sallette) e as colegas de trabalho Adèle, Maryse e Djamila trabalham na empresa há anos. Karine tem um filho de 17 anos, Ziggy. Quando a empresa de Karine é vendida, os novos donos impõem que as funcionárias trabalhem também na filial da empresa que fica há 50 km de distância. Karine é analfabeta, e seu filho lê tudo para ela. Karine tem vergonha e não diz à ninguém que não sabe ler nem escrever. Quando o seu chefe descobre seu segredo, a chantageia. O cinema francês tem um sub-gênero que é justamente o protagonismo de profissionais que vivem do sub-emprego, figuras anônimas da sociedade. Esse protagonismo de pessoas da classe baixa faz com que os atores brilhem em performances que mecslam o naturalismo e momentos de grand eintensidade emocional. Em "Mulheres brilhantes", não poderia ser diferente. Apesar do filme ser vendido como comédia dramática, ele não tem nada de cômico, pelo contrário. É uma vida sufocante, mulheres que unem suas forças para sobreviverem em um mundo de homens que amam exercer o poder.

Nenhum comentário:

Postar um comentário