Jezabel

"Jezabel", de Hernán Jabes (2022) Que filme foda! O roteiro é uma porrada e com um plot twist até óbvio, mas ainda assim, chocante. "Jezabel" é uma metáfora de uma geração de jovens que se acha acima do bem e do mal. Ricos, se acham no direito de poderem fazer tudo a que tem dereito: sexo, drogas, violência. Vencedor de diversos prêmios internacionais, essa co-produção Venezuela e México é baseado no livro homônimo escrito por Eduardo Sánchez Rugeles. Ambientando em 2 períodos, o filme acompanha os adolescentes Alain ( Gabriel Agüero ), Eliana ( Eliane Chipia ), Cacá ( Shakti Maal ) e Loló ( Johanna Juliethe ), um grupo de jovens de Caracas. Melhores amigos, eles participam de orgias, rodadas de consumo de drogas e uma vida desregrada onde nada importa mais do que o hedonismo. Um dia, Eli aparece morta. O professor deles da escola é acusado de tê-la matado e ele é linchado até à morte na prisão. 17 anos depois, em 2033, Alain descobre que um jornalista, Salvador, deseja resbrir o caso do assassinato de Eli. Alain procura o jornalista e passa a ter um caso com ele, enquanto a sua memória vai buscando entender o que aconteceu na noite anterior ao assassinato de Eli. Um roteiro brilhante, uma edição criativa que mescla com inteligência as duas épocas e atuações incríveis de todo o elenco. O diretor Hernán JAbes, que adaptou o livro, traz um retrato desolador de uma juventude transviada. Cenas ousadas de sexo, muita nudez e uma violência chocante, fazem desse filme uma produção imperdível.