quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Fragmentos do paraíso

"Fragments of paradise", de K.D. Davison (2022) Considerado o padrinho do cinema de vanguarda americano, o cineasta lituano Jonas Mekas e seu irmão Adolfo Mekas chegaram aos Estados Unidos em 1949. Pegando dinheiro emprestado, Jonas comprou uma câmera Bolex 16 MM e desde então realizou filmes com linguagem experimental, influenciando com a sua liberdade artística e olhar criativo cineastas como Martin Scorsese, Peter Bogdanovich, Jim Jarmusch, John Waters. Foi colaborador de John Lennon e Yoko, Andy Warhol, Salvador Dali, Allen Ginsberg, Nico. Junto de seu irmão, Jonas decidiu fundar a revista de cinema Film Culture, em 1954, para ser o contraponto da inglesa 'Sight and sound"e da francesa "Cahiers do cinema". Foi o primeiro crítico de cinema do The Village Voice. Co-fundou a Anthology Film Archives , um dos maiores e mais importantes repositórios mundiais de filmes de vanguarda, com a finalidade de preservar os filmes experimentais. Na década de 1960, Mekas lançou campanhas anti-censura em defesa dos filmes com temática LGBTQ de Jean Genet, Jack Smith, Kenneth Anger, que sofriam homofobia por parte do público e crítica. Durante 70 anos de sua vida, Jonas Mekas filmava imagens de sua vita cotidiana, o que ficou conhecido como "filmes diários". Com imagens raras de seus arquivos pessoais, "Fragmentos do paraíso" é um documento obrigatório para cinéfilos e profissionais do audiovisual que entendem a importância do cinema como extensão de suas vidas.

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