domingo, 29 de agosto de 2021

Sangre


"Sangre", de Amat Escalante (2005)
Longa de estréia do controverso e polêmico cineasta espanhol Amat Escalante, radicado no México e conhecido pelos violentos filmes "Heli", "A região selvagem" e "Los bastardos".
"Sangre" venceu o prêmio Fipresci no Festival de Cannes 2005.
O filme conta a história de Diego (Cirilo Recio), um contador de pessoas em um centro de pesquisa no México; sua esposa Blanca (Laura Saldaña), atendente em um sushi bar e viciada em sexo. O casal passa o dia trabalhando e d enoite, assistem novela e fazem sexo de forma burocrática. Um dia, a filha de Diego, Karina (Claudia Orozco) bate na sua porta e pede para morar com ele. Mas a esposa de Diego é ciumenta e não aceita. Karina namora um jovem viciado e esse relacionamento terá um fim trágico.
O filme, como todos de Amat, é formado por não atores. Em uma tradição dos filmes de Robert Bresson, os atores praticamente não expressam emoções, mesmo em situação críticas. É um filme de ritmo bastante lento e com um desfecho em aberto, simbólico. As cenas de sexo do casal lembram bastante a forma de CArlos Reygadas filmar: sexo sem tesão, frio, distanciado. Amat por um bom tempo foi assistente de direção de Reygadas e certamente se influenciou na sua forma de filmar.

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