domingo, 8 de agosto de 2021

Casa de antiguidades


"Casa de antiguidades", de João Paulo Miranda Maria (2020)
Longa de estréia do cineasta João Paulo Miranda Maria, foi selecionado para o Festival de Cannes em 2020, mas por conta da pandemia, não teve o evento presencial.
O filme é uma alegoria silenciosa sobre um homem estrangeiro em seu próprio país de nascença, Cristovão (Antonio Pitanga) sai do interior de Goiás, onde trabalhou em uma empresa por décadas, e aos 80 anos, é transferido, por necessidade de dinheiro, para a fábrica de laticínios da empresa no Sul do País. Logo ele decsobre que é praticamente o único negro da cidade, visto com indiferença e desprezo pela população. Cristovão se isola em uma casa e ali encontra registros de seu passado.
Uma crítica feroz ao colonialismo e o racismo, "Casa de antiguidades" não torna seu protagonista um herói, até porque vamos descobrir mais pra frente que ele é um machista. Mas serve de alento e grito de alerta a um país conservador, que educa principalmente as suas crianças com preconceito, racismo e machismo de uma sociedade de extrema direita. Brilhante atuação de Antonio Pitanga, o filme é todo estilizado com um ritmo muito lento e vagarosos travellings ins.

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