domingo, 11 de agosto de 2019

Trauma

“Trauma”, de Lucio A. Rojas (2017) Há tempos eu não assistia a um filme que me deixava tão irritado com o roteiro e com a forma como o Diretor manipula o espectador. Lucio A. Rojas é um cineasta chileno que produz filmes de terror independente com extrema violência, no estilo “O albergue” e “A Serbian film”. É desse último filme sérvio, condenado e proibido em vários países, que o filme chileno mais se aproxima. Pense numa cena onde o filho é obrigado a estuprar sua mãe! O pai é um General da ditadura chilena, no ano de 1978, e descobre que a esposa está envolvida com revolucionários. Ele a espanca e a tortura, e o clímax é obrigar o filho adolescente, Juan, a estuprar sua própria mãe. Em outra cena, esse mesmo filho, agora sendo “educado” pelo pai a praticar atos horrorosos com os revolucionários presos, é obrigado a estuprar um bebê!!! Para quem assistiu a “A serbian film”, imediatamente se lembrou da cena mais repugnante da história do cinema. “Trauma” é assim: um filme que provoca as piores sensações no espectador. Nos dias de hoje, 4 amigas decidem viajar até uma cidade no interior do Chile. Elas se perdem e vão parar em uma cidade inóspita. Lá, elas são estupradas e assassinadas com requinte de crueldade pelo já crescido Juan e seu filho, também treinado para praticar o mal. Em 1:40 horas, o filme desfile um rol de cenas que fazem “Jogos mortais” virar filme de criança. Não à tôa, a produtora se chama “Artexploitation” , deixando claro que é filme feito para explorar violência e sexo. Ara quem é fã daqueles filmes dos anos 70, que misturavam nazistas torturadores, lésbicas e muito sexo, vai adorar “Trauma”. Tem um casal de lésbicas que passam metade do filme fazendo sexo, e a outra metade, tendo as vísceras cortadas. Eu gosto de filmes “Torture porn”, mas precisam ter um roteiro decente. Não dá mais para assistir hoje em dia, personagens idiotas e imbecis, que toda vez que conseguem desarmar um dos torturadores ou escapar, não os matam e ainda resolvem voltar. E isso vale para todos os personagens: nenhum deles quer matar os assassinos, mesmo ele tendo já matado suas amigas!!!!!!!!! Tudo é revoltante, um ódio avassalador. No final, a vontade era de ter apagado o filme da mente de tão irritado que fiquei. Impossível indicar o filme para quem quer que seja: ou por causa da violência extrema, ou pelo roteiro indigente.

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