sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Distância

"Zai jian, zai ye bu jian", de Sivaroj Kongsakul, Shijie Tan e Xin Yukun (2016) Curioso drama dividido em 3 histórias, cada uma delas dirigido por um cineasta asiático diferente: um chinês, um tailandês e um da Singapura. O que os une, é a história girando em torno do distanciamento entre os 2 personagens principais de cada história, e a escalação do mesmo ator protagonista nas 3 histórias, em personagens diferentes, o Taiwanês Chen Boi Lin. A primeira história se chama “O filho”, e é chinesa. Chen interpreta um jovem gerente de uma grande empresa, em viagem para uma região da China. Durante uma visita, ele observa um funcionário idoso, e reconhece que é seu pai, que quando criança, abandonou sua mãe e ele. Chen passa a segui-lo após o expediente, e descobre que ele tem um filho de outro casamento. A segunda história é “O Lago”, e é um conto LGBTQI+. Dois amigos de adolescência se divertem no lago da vila rural aonde moram. O pai de Chen se irrita com a fofoca que gira em torno da amizade de seu filho com o outro rapaz, e o impede de continuar nadando no lago. Anos depois, já adultos, Chen reencontra seu amigo, que está prestes a ser enforcado por tráfico de drogas. A terceira história, o Adeus, é dirigido por um cineasta tailandês. Chen agora é um professor universitário, que aceita dar uma palestra na cidade aonde cresceu. Chegando lá, ele reencontra sua professora, por quem foi apaixonado. O filme em si é bem interessante, e as 3 histórias são bastante melancólicas, defendidas por um bom elenco e uma linda fotografia. O ritmo é bastante lento, dado a natureza do tema da falta de comunicação, quase um existencialismo de Antonioni.

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