segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
Tudo o que restou de você
"Allly baqi mink", de Cherien Dabis (2025)
Uma cena angustiante resume esse filme que representa a Jordânia no shortlist do Oscar de filme internacional 2026: uma cena que me remeteu à antológica cena do ônibus em "Incêndios". Um pai e seu filho pequeno, paletsinos, caminham na rua, voltando do hospital, onde deixaram remédio para o avô da criança. É hora de recolher, e eles são abordados por soldados israelenses. os soldados humilham o pai e o obrigam a dizer frases degradantes. A criança a partir desse momento, passa a odiar o pai e o considera um fraco.
Escrito, dirigido e protagonizado pela cineasta Cherien DAbis, americana de ascedência jordaniana, "Tudo o que restou de você" é um drama ambicioso: cobre 3 gerações de uma família. Começa em 1948, ano em que foi criado o estado de Israel, e também o ano que que Jaffa, cidade palestina, é tomada por israelenses. Shariff é dono de uma casa com plantação de laranjas, e onde cria seus filhos, incluindo o tímido Salim. Quando solddaos de Israel chegam na cidade, tomam as propriedades dos cidadãos. Shaiff permanece na cidade, enquanto sua família foge. Ele é obrigado a faezr serviços pesados para os israelenses, e perde a sua casa. Em 1978, Salim (Saleh Bakri), agora professor na cidade pertencente à Israel, é casado com Hanan (Cherien Dabis) e tem entre seus filhos, Noor, uma criança rebelde. É dele a cena citada acima, um primor de direção e atuação. Em 1988, no ano da Intifada ( rebelião civil contra a ocupação israelense), Noor leva um tiro na cabeça. Seu estado é dado como morte cerebral, e seus pais precisa decidir se querem doar os órgãos para um cidadão israelense.
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