domingo, 26 de julho de 2020

Sem controle

"Spetters, de Paul Verhoeven (1980) É impressionante perceber que Paul Verhoeven faria, 7 anos depois, o seu primeiro clássico americano, "Robocop", em 1987. Até então, Verhoeven fazia filmes independentes malditos, com cenas de extrema violência, sexo explícito, tabus, misoginia, amores bizarros e doentios. Depois de "Sem controle", ele faria "O quarto homem"e o seu primeiro filme de ação, anda na Holanda, "Conquista sangrenta", que lhe abriu portas para Hollywood, fazendo uma carreira de sucesso: além de "Robocop", faria "O vingador do futuro" e depois, "Instinto selvagem". "Sem controle" é um filme desesperançoso, que apresenta 3 jovens amigos, Fientje, Rien e Eef. Inconsequentes, são apaixonados por aventura, mulheres, bebidas e música que varia entre a Disco music, Abba, rock indie. Quando um casal de irmãos chega na cidade, os três procuram seduzir a moça. O filme foi fortemente criticado pela sua misoginia, racismo e homofobia: em uma cena, um rapaz é estuprado por uma gangue. Além dessa cena, o filme apresenta cenas de sexo explícito. Verhoeven nunca escondeu de ninguém a sua predileção por fetiches e tabus: adora cenas de estupro e adoro expôr os instintos mais animalescos do ser humano. É definitivamente um cult obscuro, corajoso, ousado/ Titger Hauer, ator fetiche de Verhoeven, que já trabalhou com ele em "Delícia turca" e "Conquista sangrenta", também começou a trabalhar em filmes de Hollywood muito graças aos filmes de Verhoeven.

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