quinta-feira, 16 de julho de 2020

Me rotule

“Label me”, de Kai Kreuser (2019) Drama visceral alemão LGBTQIA+, exibido em dezenas de Festivais, escrito e dirigido por de Kai Kreuser, narra a complexa relação entre o garoto de programa sírio Wasseen (Renato Schuch) e o seu cliente, o alemão Lars (Nikolaus Benda). Lars é jovem, rico, mora em um enorme Loft no centro de Berlin. Wasseen é um refugiado sírio, que fugiu de Aleppo, abandonando a faculdade de música. Wassen mora em um acampamento para refugiados, na periferia de Berlin, e ali, os gays são estuprados pelos outros refugiados. Temendo ser descoberto em sua profissão, Wasseen tem as suas regras quando vai atender um cliente: não beija e não faz passivo, acreditando, que dessa forma, ele poderá manter a sua masculinidade hetera. Mas Lars, que cria um estranha fixação de desejo e amor por Wasseen, aos poucos tenta quebrar esse padrão de Wasseen. O melhor do filme são as performances dos dois atores principais, em cenas intensas de sexo e cm complexa camada de emoções. O roteiro é ouco improvável: difícil acreditar que alguém como Lars, podendo ter quem ele quiser, vá se apaixonar por Wassseen, só se for fetiche, o que não é o caso. Talvez uma metáfora do primeiro mundo querendo abraçar o terceiro mundo, uma atitude generosa e altruísta dele.

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