sábado, 21 de setembro de 2019

Cineastas Em Exílio - Do Terceiro Reich A Hollywood

"Cinema's Exiles: From Hitler to Hollywood", de Karen Thomas (2009) Documentário obrigatório para estudantes de Cinema, Cinéfilos e estudiosos, “Cineastas em exílio” foi escrito e dirigido por Karen Thomas. O filme narra a Era de Ouro do Cinema alemão do pós 1a Guerra Mundial, quando os grandes clássicos do País foram lançados e mundialmente aclamados: “O gabinete do Dr Caligari”, “Metropolis”, “M , o vampiro de Dusseldorf”, e tantas outras obras-primas. Muitos cineastas e técnicos migraram para os Estados Unidos à convite de Hollywood, antes mesmo da explosão da 2a Guerra Mundial. Com a criação da UFA, um estúdio que produzia grandes filmes da Alemanha, a indústria efervescia. Muitos técnicos de todas as áreas vinham de outros países da Europa para trabalharem na Alemanha, entre eles, o Vienense Billy Wilder, Fred Zinemann e Robert Siodmack. Marlene Dietrich explodiu com o sucesso de “O Anjo azul” de Ernst Lubitsch, e tanto ela quando o cineasta foram imediatamente trabalhar nos Estados Unidos. “Metropolis” era considerado por Hitler o seu filme preferido. O surgimento do nazismo veio com um aumento do cenário da criminalidade e do desemprego. Os judeus eram considerados os grande vilões do que Hitler chamava de “Cultura mundana”: “Os judeus e suas champagnes borbulhantes destruíram nossa sociedade”. O ministro da Propaganda, Joseph Goebbels, baniu todo os cineastas judeus da UFA e fez uma lista de 12 filmes que ele considerava exemplares para a Alemanha, sem se dar conta de que 11 desses filmes foram filmados por judeus. Logo, muitos técnicos fugiram da Alemanha nazista, saindo do País praticamente sem um tostão no bolso: segundo pesquisas, mais de 800 técnicos foram para os Estados Unidos. Alguns fizeram sucesso estrondoso, como Billy Wilder, Robert Siodmack, os atores Peter Lorre, Marlene Dietrich. Fritz Lang nunca conseguiu repetir o sucesso que teve em seus filmes alemães. Muitos dos técnicos sucumbiram à falta de interação com a cultura americana. Os exilados se ajudavam, e criaram um fundo do Cinema Europeu, destinado a ajudar técnicos a fugirem da Alemanha e vissem aos Estados Unidos. “Casablanca” foi um filme síntese para os exilados: quase todo o seu elenco foi formado por atores banidos ou fugidos de países da Europa Os cineastas alemães foram fundamentais para a implantação do cinema de terror, Filmes B e filmes noir para o cinema americano, influenciados pelo expressionismo alemão. O documentário é narrado pela atriz Sigourney Weaver, e é formado por entrevistas com os sobreviventes, imagens documentais da época e principalmente, por trechos de quase uma centena de filmes alemães e americanos, verdadeiras obras primas do tesouro do cinema mundial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário