terça-feira, 10 de setembro de 2019

A bruxa de Blair

“The Blair witch project”, de Eduardo Sanchez e Daniel Myrick (1999) “A bruxa de Blair” é, até hoje, um dos filmes mais rentáveis da história do cinema. Com um orçamento de 60 mil dólares, o filme arrecadou quase 250 milhões de dólares no mundo. Um grande feito para uma produção independente de horror, que não tem uma única cena de violência e nem uma gota de sangue. O filme é todo composto de tensão psicológica sobre aquilo que não vemos, estando apenas sugerido. Foi alardeado pela mídia de que o filme inaugurou a narrativa do “Found footage”, mas isso não procede. O feito fica com o clássico de Ruggero Deodato, “Canibal Holocausto”, de 1977. O “Found footage” é aquela narrativa onde são encontrado material filmado de personagens que desapareceram e assim explicar o que aconteceu com eles. Depois da revisitação de “ A bruxa de Blair”, centenas de filmes de terror foram feitos no mundo inteiro copiando o seu estilo de câmera tremida e personagens gravando imagens sem parar. O filme é composto de apenas três personagens: são três estudantes de cinema que resolvem investigar a lenda da Bruxa de Blair em uma floresta em Maryland. Ao entrarem na floresta, eles acham se perdendo e percebem que existe algo de estranho na floresta. Os Diretores e produtores foram pioneiros no uso do fake news na internet para divulgar o filme. Assim como “Canibal Holocausto”, que também divulgou que os atores haviam sido devorados pelos canibais, foi divulgado que os atores sumiram de verdade na floresta. Houve um enorme rebuliço e isso foi responsável pelo enorme sucesso do filme. “A bruxa de Blair” não é uma unanimidade entre os fãs de horror. Tem gente que acha tudo ruim, sem roteiro, sem sangue, sem Violência, a câmera tremida demais, personagens chatos demais. Independente disso tudo, é inegável a força que o filme teve para recolocar o filme de terror de novo na pauta dos espectadores.

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