terça-feira, 21 de maio de 2024
Orgia ou o homem que deu cria
"Orgia ou o homem que deu cria", de João Silvério Trevisan (1970)
Autor do clássico livro "Devassos no paraíso", um importante documento sobre a história da homossexualidade no Brasil, João Silvério Trevisan dirigiu seu longa "Orgia ou o homem que deu cria" na esteira do movimento do cinema marginal, e trazendo muitas referências do movimento tropicalista. Bebendo na fonte da antrofopagia de Oswald de Andrade, o filme também busca influências de clássicos como "Macunaíma". Roddao em preto e branco, o filme traz uma equipe técnica de grandes cineastas: na fotografia e câmera, Carlos Reichenbach. Na montagem: João Batista de Andrade. O elenco traz Pedro Paulo Rangel, Ozualdo Candeias, Jean-Claude Bernardet, Cláudio Mamberti, entre outros.
No interior do país, um pobre agricultor (Pedro Paulo Ranbgel) acaba matando seu pai (Candeias) e segue em direção à cidade chamada Brasil. No caminho do Brasil, ele encontra diversas pessoas: um cangaceiro grávido, uma drag queen vestida de Carmen Miranda e que declama Oswald de Andrade, prostitutas, um anjo, um rei, indígenas, um padre. Nesse grupo eclético, discutem-se vátios temas. E como não poderia deixar de ser, um ato de canibalismo encerra a tragetória.
Para quem está íntimo de narrativas antropofágicas e tropicalistas do cinema marginal, vai se sentir em casa. Para inciantes, a experiência certamente trará impressões para o bem ou para o mal. A sensação de liberdade narrativa, de que vale tudo para romper com a dramaturgia clássica,é um convite para a expressão artística estritamente autoral e vanguardista.
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