terça-feira, 14 de maio de 2024

Blackout

"Blackout", de Larry Fessenden (2024) A maior curiosidade desse filme de terror sobre lobisomens, é que o protagonista , Alex Hurt, é filho do grande ator Willian Hurt. Produção independente, o filme é mais um drama existencialista sobre um homem que se descobre ser um lobisomem, assim como o protagonista do clássico "Um lobisomem americano em Londres", do que terror gore propriamente dito. Os efeitos de transformação, que são o aperitico de qualquer filme de licantropo, nem existe aqui, por falta de orçamento, e é narrado através de animação. O lobisomem que já aparece transformado é todtalmente montado com efeitos práticos, e lembra os filmes clássicos dos anos 40 e 50, com máscara e tudo. O filme tem o ser charme, mas que se perde um pouco pela longa duração e o ritmo bastante arrastado. Mas vale por umas 3 cenas de ataque: a do início, a da delegacia e a de um com pessoas que buscam ajudar um acidentado no trânsito. Em uma cidade do interior, um artista plástico, Charley (Alex Hurt) procura um amigo, dizendo para matá-lo, pois acredita ser um lobisomem que se transforma nas noites de lua cheia. Paralelo, um delegado coloca a culpa em um imigrante latino em relação às mortes ocorridas na região. Atualmente, boa parte dos filmes de terror usam o gênero como metáfora de alguma pauta social. Em "blackout", se discute a xenofobia em relação aos imigrantes e a forma como são maltratados. "Blackout" poderia ser um ótimo filme, e tem elementos para isso. Os atores são bons, algumas cenas são ousadas. Mas faltou uma editada para enxugar a duração, excessiva.

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