terça-feira, 27 de dezembro de 2022

A caixa

"La caja", de Lorenzo Vigas (2022) Premiado com o Leão de Ouro em Veneza 2015 pelo drama Lgbtqiap+ "De longe, te observo", o cineasta venezuelano Lorenzo Vigas retorna ao tema da relação pai e filho ausentes no cruel drama "A caixa", co-produção com México. Produzido pelo cineasta Michel Franco, que certamente deu o tom ao filme, com eus filme sbrutais e angustiantes. O ator Hernán Mendoza, protagonista do filme de Franco, 'Depois de Lucia", agora é quem interpreta o pai do jovem Hatzin. Ou pelo menos, o menino acredita que seja seu pai. Hatzin vem da Cidade do México, a pedido de sua avó, para vir buscar os restos mortais de seu pai, encontrado em um fosso clandestino com outras 50 ossadas. Ao entrar em um ônibus para retornar para casa, Hatzin vê um homem que ele acredita ser seu pai. mas o homem se diz chamar mario. Insistindo muiuto, Haztin não quer voltar para casa até que o homem diga que é seu pai. Fascinado com a inistência do menino, o homem o acolhe e o leva ao seu trabalho: ele contrata desempregados para trabalhar em uma fábrica de rouoas de forma desumana, sem respeito ao horário de trabalho. e pagando pouco. O menino vai testemunhando os atos cruéis do homem que ele acredita ser seu pai e vai igualmente se transformando. Os latinos são conhecidos por fazerem filmes brutais, onde a violência, a misoginia e a questão da luta de classes se mostra muito presente. Aqui não é diferente. Em um mundo governado por homens, cabe às mulheres papéis secundários, nem 8 nem oitenta: ou elas são mulheres bancadas por bandidos, ou elas são mulheres que lutam pelos seus direitos. O trabalho dos atores é muito bom, e o jovem Hatzin, que dá nome também ao personagem, encanta com o seu olhar melancólico.

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