segunda-feira, 2 de dezembro de 2024
Young hearts
"Young hearts", de Anthony Schatteman (2024)
EXCEPCIONAL! Um dos melhores, senão o melhor, retrato do primeiro amor na pré-adolescência entre dois meninos. Esse drama romântico belga juvenil me lembrou bastante de "Close", também belga, e de "I love, Simon". Do primeiro, traz o drama realista de dois meninos que se descobrem interessados um pelo outro, só que não traz a tragédia que comoveu o mundo. De "I love, Simon", ele traz o tom açucarado, fofo e sensível, com amigos e familiares respeitosos com a saída do armário de um dos meninos. Não tenho como não começar a comentar sem destacar a espetacular performance de Lou Goossens, um jovem ator de 14 anos, que traz muita maturidade em um papel complexo e repleto de camadas, com cenas intensas de angústia e desilusão. Os olhares que ele traz de paixão e amor, tudo registrado no mais absoluto silêncio, é apaixonante. Elias (Goossens) é um menino de 14 anos feliz: seu pai é um famoso cantor de músicas bregas, sua mãe é carinhosa, seu irmão mais velho está namorando e Elias namora Valerie. QUando uma nova família se muda para a casa da frente, Elias acaba conhecendo Alexander (Marius De Saeger), da mesma idade. Órfão de mãe, Alexander vai estudar na mesma sala de Elias. Extrovertido, Alexander logo conquista todo mundo, inclusive Elias. Quando Elias sofre bullying, Alexander o defende e ambos se tornam melhores amigos. Durante um passeio, os dois meninos falam de amores e Alexander confessa que já namorou um menino e que não tem problemas com isso. Essa declaração mexe com Elias, que fica confuso em relaç/ão a seus sentimentos por Alexander, até que os dois trocam um beijo. Elias passa a evitar Alexander, com medo que os outros meninos o rotulem como gay, mas a verdade é que ele é apaixonado pro Alexander e não consegue ficar um minuto sme pensar nele.
O filme é muito bom e traz uma gama de personagens carismáticos e queridos. A cena de Elias e seu avô, é dos momentos mais emocionantes que você verá em um drama recentemente. Uma cena de confissão de Elias dentro do carro para sua mãe, merecia ser resgatada por atores e ser um monólogo brilhante para apresentação em self tapes. Impossível não chorar muito e sair apaixonado por esse filme.
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