segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Vollúpya

"Vollúpya", de Jocimar Dias Jr e Éri Sarmet (2024) Premiado curta LGBTQIAP+, "Vollúpya" mescla fantasia, ficção científica e documentário para apresentar ao público a história da boite queer Vollúpya, que abriu em 1992 e funcionou até o ano de 2005 no Largo do Gragoatá, Niterói. O filme começa com um homem do futuro investigando um museu e encontrando uma Fita Vhs. Ali, ele vê imagens da Vollúpya. Muitas imagens gravadas em dvcam da época, câmera Vhs, registrando depoimentos com os donos da boite, com os frequentadores, as drags, os go go boys e um ambiente onde tinha pista de dança e mesas de sinuca. O filme me lembrou a estética e narrativa de "Era uma vez Brasília", de Adirley Queirós, onde um homem do futuro chega em Brasília atual para fazer reflexões sobre o país. As imagens da galera nas noites da boite certamente são um formidável registro histórico da cultura queer e do quanto as pessoas podiam se expôr na época, muito diferente da liberdade e expressão dos dias de hoje. Uma espécie de clube, onde artistas como Miguel Falabella, Zelia Duncan e outros se misturavam a anônimos com a única finalidade de se divertir e poder ser livre na sua expressão e orientação sexual.

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