domingo, 23 de julho de 2023

Barbie

"Barbie", de Greta Gerwig (2023) A essa altura do campeonato, não existe um ser humano no planeta que não tenha ouvido falar do filme ou que não tenha cruzado na rua com pessoas venstindo rosa. E claro, esse certamente será uma das maiores bilheterias da história, e irá render uma franquia de infinitas partes, pois existem Barbies e Kens de todos os tipos que rendem todo tipo de spin off. Greta Gerwig e Noah Baumbach, casados na vida real, escreveram o roteiro e surpresa total, alfinetam todo o mundo cor de rosa de Barbie e Ken, e recebem aprovação da empresa criadora da boneca, Mattel. Mas a Mattel não é boba e sabe que o mundo mudou e o conceito de mulher padrão perfeita e esterotipada morreu há muito tempo, e precisavam se reinventar com o olhar sobre o que querem as mulheres e os homens de hoje em dia. Com uma direção de arte e fotografia espetaculares, reproduzindo todo o mundo da Barbie suas casas e acessórios, o filme apresenta a Barbilândia com suas inúmeras Barbies, inclusive as que saíram de linha, como uma Barbie grávida. A Barbie padrão (Margot Robbie) vive seu mundo feliz, até que do nada, tem uma crise de existencialismo e fala sobre morte, celulite e outros assuntos que provocam tensão na Barbilândia. Ela decide ir até o mundo real em Los Angeles, e Ken (Ryan Gosling) a acompanha. Ela acaba conhecendo a sua dona, Gloria (America Ferrera), designer da Mattel, e sua filha adolecsente, Sasha. Ao encontrar mulheres do mundo real, Barbie passaa entender sobre o difícil papel de uma mulher no mundo, que tem que lidar com assédio, machismo, baixos salários, etc. O filme traz referências de 'Show de Truman", "Toy Story 3" e de elementos da cultura pop, como a banda N'Sync e a clássica "Girls just wanna have fun", de Cindy Lauper. É importante frisar que não é um filme para crianças: o filme traz reflexões bastante adultas como morte, machismo, paternalismo, assédio, entre outras pautas do feminismo e também, do papel do novo homem que precisa se reeducar na agenda da diversidade de gênero e de comportamento corporativo. É um bom filme, mas confesso que eu queria ter me divertido mais: o desfecho traz uma melancolia existencialista que eu não estava esperando.

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