segunda-feira, 10 de junho de 2019

Mapplethorpe

"Mapplethorpe", de Ondi Timoner (2018) A cineasta independente americana Ondi Timoner foi, por 2 vezes, Ganhadora do Sundance por dois de seus documentários, tendo ganho o Grande Prêmio do Juri. Em 2018, ela lançou a sua cinebiografia do Artista plástico e fotógrafo americano Robert Mapplethorpe, morto aos 42 anos de idade em 9 de março de 1989, em decorrência do HIV. Nascido no Queens, e tendo estudado Artes Plásticas, no final dos anos 60 Mapplethorpe conheceu a poetisa e cantora Patti Smith. Moraram juntos e criaram parcerias artísticas. Ao se assumir gay e revelar casos com outros homens, Mapplethorpe se afasta de Patti. ele conhece vários amantes, assistentes, empresários que acabaram levantando exposições que expusessem suas fotos explícitas de sexo e nudez para um público seleto que começou a venerar as fotos. No limite da Pornografia e Arte, as fotos enfrentaram resistência e galeristas, público, mas adquirindo um status de cult entre celebridades. Mapphetorpe, já no auge, contraiu HIV vindo a falecer. Toda sua obra foi doada pela fundação para a Getty Research Institute, com trabalhos indo dos anos 1970 até 1989. Até hoje, mais de 50 milhões de dólares foram arrecadados para pesquisa de apoio ao HIV. Assim como o filme "Linda Lovelace", "Mapplethorpe" sofre com a extrema caretice da narrativa. Linda Lovelace ficou famoso pelos seus filmes pornôs e pela famosa cena de sexo oral, no filme "Garganta profunda". O filme ficou pudico, nem mesmo nudez teve. "Mapplethorpe "até tem algumas cenas de nudez, mas as cenas de relacionamento, sessões de fotografia provavelmente foram pensadas para atingir um grande público. O filme ficou chato, arrastado, os personagens sem carisma, tudo muito burocrático. A essência da vanguarda artística e polêmica passou longe, para um público cinéfilo que vai em busca de algo mais avassalador.

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