sexta-feira, 19 de outubro de 2018

O primeiro homem

"First man", de Damien Chazelle (2018) No dia 20 de julho de 1969, o homem pisou na lua. Mais precisamente, o astronauta Neil Armstrong. Baseado no livro de James R. Hansen, "O primeiro homem", começa em 1961, apresentando Neil em seus primeiros passos para se tornar um astronauta, e paralelo, a sua dedicação em cuidar de sua filha com câncer terminal, que acaba morrendo e se tornando o grande motivo de sua tristeza interior, mesmo sendo casado com uma mulher determinada, Janet (Claire Foy). Os anos se passam, novos testes são realizados, a maioria com resultados catastróficos. O Cineasta Damien Chazelle se junta a Steven Spielberg, que produziu o filme, e juntos, trazem à tona o tema principal de seus filmes, a obsessão. Toa a parte técnica do filme é extraordinária: Chazelle repete seu time de "La La Land"; o fotógrafo oscarizado Linus Sandgren, o compositor também oscarizado Justin Hurwitz, seu editor oscarizado por "Whiplash", Tom Cross. Ryan Gosling também é a sua dobradinha campeã: depois de protagonizar "La la land", Gosling traz a sua já famosa interpretação minimalista e introspectiva ao personagem de Neil. Seu sofrimento, por perdas humanas irreparáveis, constitui apenas de olhares. Claire Fox também está divina, e a sua cena de discussão certamente será lembrada em premiações. Os efeitos especiais também chamam a atenção, além da câmera, registrando o filme quase todo em closes apertadíssimos, claustrofóbicos, com a evidente intenção de tornar o espectador um elemento dentro do ponto de vista do protagonista. Direção muito foda de Damien Chazelle. Longo, com mais de 140 minutos, o filme pode aborrecer muitos espectadores, pelo seu ritmo lento e uso de termos técnicos.

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