sábado, 10 de maio de 2025
Mr K
"Mr K", de Tallulah Hazekamp Schwab (2024)
Co-produzido por Holanda, Noruega e Bélgica, "Mr K" é um filme surreal escrito e dirigido pela cineasta norueguesa Tallulah Hazekamp Schwab, filmado na Holanda. O filme é uma mistura de "Delicatessen", de Jena Pierre Jeunet e "Barton Fink", dos irmãos Coen. É evidente as referências a Franz Kafka, através da epopéia bizarra de um mágico (Crispin Glover), que após se apresentar para um público desinteressado em sua arte em um bar, se hospeda em um hotel decadente em estilo vitoriano. Mas acontece que, no dia seguinte ele não consegue encontrar a saída do hotel. Através de seus longos e intermináveis corredores de cor esverdeada, o mágico esbarra com todo o tipo de personagens estranhos: duas francesas idosas, uma banda que parece saído do filme "Underground", crianças estranhas e finalmente, uma cozinha onde toda a equipe do chef enfrenta uma espécie de linha de produção. A metáfora pode ser que fale sobre sair da mesmice e enfrentar algo além, ou então, uma provocação sobre pessoas que estão apáticas e sem vida. O desfecho traz um elemento fantasioso, deixando claro que o hotel está vivo.
Não é um filme fácil de se apreciar. Não há uma lógica clara e certamente cada espectador interpretará do seu jeito. O que impressiona, e aí sim vale apreciar, é a extraordinária direção de arte, cenografia e fotografia do filme, ainda mais se pensarmos que é um filme de orçamento médio/ O cuidado com o visual é arrebatador. Crispin Glover, que foi George Macfly em "De volta para o futuro", é um especialista em personagens bizarros, e aqui ele está confortável em um papel esrito para ele.
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