terça-feira, 1 de abril de 2025
Prédio vazio
"Prédio vazio", de Rodrigo Aragão (2025)
Sétimo longa do cineasta do Espírito Santo Rodrigo Aragão, famoso nos festivais por trazer elementos tipicamente brasileiros ao gênero terror, na linha de José Mujica Marins: indie, poucos recursos e aliando efeitos práticos com CGI dentro do que o orçamento permite. Seu cinema é artesanal, trazendo atores pouco conhecidos do grande público, mas totalmente conectados ao seu estilo de narrar uma história.
Em "Prédio vazio", que ganhou prêmio de distribuição na Mostra Tiradentes 2025, Aragão experimenta o seu primeiro filme ambientado na grande cidade, no caso,a. turística Guarapari, cidade litorÂnea do Espírito Santo. Assim como em "Aquarius", de Kleber Mendonça Filho, o prédio antigo, localizado em frente à praia, aqui batizado de Prédio Magdalena, é o personagem principal. Ali, moradores vivos e mortos convivem com a zeladora Dora (Gilda Nomacce), ema personagem que lembra o de José Mujica Marins em "A estranha hospedaria dos prazeres", de 1968. Preocupada com sua mãe (Rejane Arruda), que foi passar o carnaval em Guarapari e se hospedou no prédio, sua filha, a gótica Luna (Lorena Correa) segue para a cidade junto de seu namorado ingênuo e boa praça Fabio (Caio Macedo), um tipo que lembra o de Brad Majors, o galã bobalhão de "Rocky Horror".
O filme tem como tema principal a maternidade. Ambas as mães, interpretadas com vigor por Gilda Nomacce e Rejane Arruda, defendem suas crias como verdadeiras leoas. O filme traz diversos easter eggs: "O iluminado", "Evil dead", "Fome de viver", entre outros. Para quem gosta de um cinema trash 100% nacional, "Prédio vazio" é uma boa dica.
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