domingo, 19 de maio de 2019

A grande Dama do Cinema

“El Cuento de las Comadrejas”, de Juan José Campanella (2019) Dirigido e escrito pelo cineasta argentino mais famoso internacionalmente, “A grande Dama do Cinema” é uma mistura insana de “Crepúsculo dos Deuses”, “Arsênico e alfazema” e “A família Adams 2”. Com um registro que vai do drama, comédia, humor negro e melodrama, o filme tem como ponto alto a performance de atores veteranos brilhando em papéis complexos e que beiram o caricato, mas jamais perdendo o carisma. Mara Mordaz (Graciela Borges, de “O pântano”) é uma atriz decadente e que te o seu auge há 40 anos atrás, quando ganhou uma estatueta tipo Oscar. Mas um acidente de carro que tornou o seu marido Pedro paraplégico, a fez abandonar a carreira. O casal mora em uma mansão abandonada no meio do nada, distante de Buenos Aires. Juntos,moram o Cineasta Norberto (Oscar Martinez, de “O cidadão ilustre” é o roteirista Martin. Todos os quatro costumavam trabalhar juntos, mas agora a vida é só tristeza e nostalgia. Um dia, um jovem casal surge, Bárbara e Francisco pedindo pra usar o telefone. O casal reconhece Mara e dizem ser fãs. Ambos sugerem a Mara retomar a carreira e ela se anima. Como sempre muito bem dirigido e com ótima performance, o filme diverte e emociona, naquele tema que todos amam que é falar do ostracismo de artistas que dedicaram suas vidas à Arte e que já idosos, não encontram mais espaço no mercado de trabalho. Uma feroz crítica à falta de memória cultural da população, principalmente os jovens, o filme só se prejudica em seu ato final, quando investe em uma trama inverossímil e forcada. Mesmo assim, vale assistir pelo talento do elenco que está excelente.

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