quinta-feira, 9 de maio de 2019

Mademoiselle Paradis

"Mademoiselle Paradis", de Barbara Albert (2018) Cinebiografia baseada na história real de Maria Theresia Paradis, uma pianista da Viena de 1777, contemporânea de Mozart. Aos 3 anos de idade, Maria ficou cega. Seus pais tentaram todos os tipos de tratamento para que ela conseguisse recuperar sua visão. Paralelo, Maria adquire excelente habilidade como pianista. Quando o médico Franz Anton Mesmer entra na vida de Maria, ele vai aos poucos recuperando a visão de Maria, utilizando uma técnica chamada de Mesmerismo. No entanto, à medida que Maria vai recuperando sua visão, suas habilidades vão perdendo força, a ponto de seus pais desejarem que ela volte a ficar cega novamente. Tecnicamente, o filme é todo excelente: fotografia, figurino, maquiagem, direção de arte. A diretora Barbara Albert traz o olhar feminino para a sociedade machista e misógina da época, onde mulheres praticamente não têm vez diante da expectativa que se espera delas: recatadas, do lar e submissas. A opção em fazer um filme quase claustrofóbico, rodado quase todo em interiores e em planos fechados, provoca uma sensação ao mesmo tempo privilegiando o ótimo trabalho de todo o elenco, em especial o de Maria Dragus no papel principal, como também torna entediante acompanhar a narrativa. O ritmo é bastante lento. Vale assistir ao filme para apreciar a performance extraordinária da atriz, que alterna a personagem cega e a que começa a enxergar. O filme ganhou diversos prêmios internacionais.

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