domingo, 25 de junho de 2023

The Angry Black Girl and Her Monster

"The Angry Black Girl and Her Monster", de Bomani J. Story (2023) Concorrendo no Festival SXSW, "The black girl and her monster" é uma versão black ambientada em um bairro de periferia da Carolina do Norte. Escrito e dirigido pelo cineasta Romani J. Story, essa livre versão da obra clássica de Mary Shelley traz para o contexto contemporâneo do racismo e das mortes de integrantes da comunidade negra pela polícia e por traficantes de drogas e a utiliza como uma metáfora para o terror fantástico. Vicaria (Layla DeLeon Hayes) é uma adolescente que perdeu a sua mãe por bala perdida e recentemente o seu irmão mais velho Chris (Edem Atsu-Swanzy), morto em briga de gangues. Morando com seu pai, Donald (Chad L. Coleman), que faz jornada dupla como mecânico e segurança de noite, Vicaria é uma gênia em ciências. Ela acredita que a morte é uma doença, e por esse ponto de vista, é rechaçada pela sua professora branca. Vicaria decide roubar pedaços de corpos de negros mortos e cria um ser para ressuscitar seu irmão Chris. Mas o novo Chris, formado por corpos de negros mortos violentamente, se torna um monstro que deseja se vingar de todos que os mataram. O filme tem uma ótima premissa, principalmente quando fala sobre a dôr da comunidade negra, morta pela polícia, e faz disso um ato simbólico através da figura de um Frankestein negro formado por negros assssinados. Mas o filme é indeciso sobre seu gênero, e não funciona muito como terror. Tivesse apostado no drama realista e discutir temas atuais como "Blacklivesmatter", teria sido mais bem sucedido. O que segura a atenção é o trabalho do elenco majoritariamente negro, e ua cena muito boa e poderosa do pai de Vicaria a defendendo contra a professora intolerante.

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