Aqui comento os filmes que assisto...mas sem muito saco de teorizar demais..somente comentando o básico: se gostei ou não hehehe (Comento apenas filmes vistos a partir de Outubro de 2010)
sábado, 29 de fevereiro de 2020
Seberg contra todos
'Seberg", de Benedict Andrews (2019)
Apresentado no Festival de Toronto, de onde saiu debaixo de fortes críticas, "Seberg contra todos" é um belo drama que traz à tona uma cinebiografia complexa e tumultuada dos últimos anos de vida de uma das atrizes icônicas de Godard, Jean Seberg, protagonista da obra-prima "Acossado". Pouca gente sabe, mas Jean Seberg era americana, nascida em 1938, e foi para Paris em 1957 para participar de audição para o papel de Joana D'arc no filme de Otto Preminger. Seberg ganhou o papel, e desde então, seguiu sua carreira na França, tendo casado três vezes. Depois de "Joana D'arc", ela viria a filmar outro filme de Preminger, o clássico "Bom dia, tristeza". Mas foi com "Acossado" que ela ganhou projeção mundial. Seberg foi convidada a trabalhar nos Estados Unidos. Lá, ela conheceu Hakim Jamal ( Anthony Mackle), um dos líderes dos Panteras negras, e tiveram um caso, mesmo sendo casada com o cineasta francês Romain Gary e tendo um filho. Por sua postura contra o racismo e a favor de movimentos revolucionários, Seberg foi vítima do FBI e do famoso diretor da agência John Edgar Hoover, que procurou difamar qualquer indivíduo que contestasse algo em prol da sociedade americana. Um dos agentes do FBI, Jack (Jack O'Connell), começa a investigar a vida da atriz, mas aos poucos, vai se deixando levar pelo espírito livre e libertário de Seberg, uma pioneira do movimento feminista.
Kirsten Stewart defende com muita garra o papel principal. Mais linda do que nunca, e vestindo um figurino arrebatador. Kirsten prova ser uma melhor atriz a cada filme que faz. Uma pena que o filme perca muito do seu tempo narrando a história do FBI, podendo ter se atido mais no drama de Seberg. As cenas onde Seberg se vê uma paranóica foram desnecessárias. O filme toma uma postura neutra, não querendo tomar partido entre defender Seberg pela perseguição política que sofreu, e apresentando ela como uma potencial suicida. Seberg foi encontrada morta dentro de um carro em Paris, no ano de 1979, aos 40 anos de idade.
A direção de Benedict Andrews é elegante e luxuosa, criando planos bonitos e apresentando um glamour do cinema bem no padrão da época.
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